A ORAÇÃO É COMO O SANGUE. O SANGUE DÁ VIDA AO CORPO. A ORAÇÃO DÁ FORÇA À FÉ.

25/01/2013 00h58 - Atualizado em25/01/2013 00h58

Você já notou que, quando duas pessoas se zangam, levantam a voz e começam por se comunicar berrando? Mas, por quê se estão bem perto uma da outra? – Diz o sábio oriental que é porque, embora os corpos estejam próximos, os corações estão distantes. E, quanto mais longínquo um do outro, mais o berro sobe de tom. Quando dois amigos falam não gritam. Não precisam de gritar!  Seus corações estão perto um do outro. E se são mesmo amigos, muito amigos, se se amam de verdade, nem precisam de palavras. Um simples olhar diz tudo.
Lembrei-me deste exemplo ao pensar na oração. Muitos pensam que oração é um dever, que temos mesmo é de rezar muito, procurar livros com orações bonitas, dizer muitas palavras quando estamos a rezar. Mas oração é, acima de tudo, um direito. E um direito que vem duma enorme graça de Deus. Quando vamos orar devemos pensar que vamos ser recebidos em audiência por Deus. Peçamos essa audiência. Deus tem todo o gosto em nos receber em particular, em comunicar conosco, na intimidade, num diálogo de amor. Comunicar com Deus não é um dever. É uma necessidade e grande!
Não há fé sem oração: oração simples, sincera, humilde... Não é questão de muitas palavras. Não precisa de expressões escolhidas, ladainhas decoradas, palavras bonitas. Falemos com Deus como um filho fala com seu pai! Orar é colocar-se diante de Deus, falar de sua vida, lembrar coisas que aconteceram, falar do que desejamos, dizer que O amamos, escutar Sua mensagem, acolher Seus apelos, louvar e agradecer Seu amor. Seu imenso amor e Sua eterna misericórdia que nos perdoa nossas faltas e fraquezas! S. Terezinha dizia que, em muitas horas que passava rezando na capela, apenas olhava para Jesus e sentia que Jesus olhava para ela. A oração exige disponibilidade. Compromete a vida. Esta santa dizia também que se sentia como uma bola que a criança chuta para aqui e para acolá e ela obedece. Até que, quando cansa, a bola fica num canto à espera que a criança brinque com ela novamente. Orar é contemplar, admirar, louvar e agradecer. A intimidade exige tempo de acolhimento. Quem não tem tempo para rezar vive perdendo todo o tempo. Não eterniza a vida. Não espiritualiza seu existir. Vai-se arrastando na banalidade, carrega preocupações supérfluas, aflige-se com chatices inúteis, prende a vida a coisas passageiras sem importância. Esquece o essencial e, por isso, não sai da mediocridade. Vive sempre no perigo de ser levado pela enxurrada da facilidade e do prazer. Temos que nos lembrar da “lei do menor esforço” que todos sentimos.
Orar é parar um pouco. Mergulhar em Deus, sentir Sua constante presença em nossa vida, dizer-Lhe quanto O amamos, dar-Lhe o direito de ser o nosso Senhor, Dono, Amigo e Confidente. Só somos verdadeiramente humanos e grandes quando nos ajoelhamos e sentimos, humildemente, que nada somos e tudo que temos é graça divina. Ontem escutei na Canção Nova um belo testemunho da Elba Ramalho. Quem a conheceu e quem a ouve hoje! Que diferença! Mas que beleza de sentimentos, que grandeza de vida, que belo exemplo para quem se deseja converter, isto é, “verter”, derramar, colocar toda a sua confiança em Deus!
Hoje não esqueça: antes de deitar, agradeça a Deus o seu dia. E amanhã, ao levantar-se, lembre-se que Deus velou por si e conservou sua vida durante o sono. Agora espera que você lhe dê um sincero “obrigado”!

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